terça-feira, 27 de maio de 2008

Pai que oferece amor


Olhando pra figura do Pai na passagem do “filho pródigo” nos encontramos com Deus. Na verdade um Pai que ama, um Pai que é cheio de amor, seu amor é tanto que no momento em que seu filho deseja ir embora ele deixa, pois seu amor é tão grande que ele deixa o filho ir embora, mas na expectativa de que um dia ele voltasse pra casa. Como pais espirituais que somo temos muito a aprender com essa passagem, tratamos nossas ovelhas como apenas ouvintes, como números, enfim são inúmeros os adjetivos pra expressar a relação de pastor e ovelha. Mas a que Deus tem ensinar pra nós está bem longe de estrategias de e projetos de crescimento de igreja, esta bem longe de aumento de arrecadação de dízimos, o que Deus tem é muito simples, mas difícil de se encontrar nos pastores de hoje que é o amor.
Pastores que amem, que chorem, que sorriam, que andem com suas ovelhas não apenas guia, mas como pai e filho. O amor de um pai permite que ele caminhe lado a lado com seu filho, ele é pai, mas não por isso se acha melhor ou maior, como pastores devemos aprender isso.
É difícil encontrar lideres cheios de amor, pois os lideres correm o grande perigo que se não tratado como uma doença, ela pode tomar conta, é uma coisinha chamada poder. É uma palavrinha pequena, mas detona uma vida de vocação espiritual, hoje cada líder corre atrás da sua realização profissional e nas igrejas isso vem ocorrendo cada vez mais. Quando olho pra homens usados por Deus, homens que deixaram tudo pra servir a Deus, fico pensando o que os motivou a isso? E olhando pra bíblia vejo que a maior motivação vem do amor de Deus, de um amor paterno que sofre por ver milhares e milhares de pessoas a sofrer a morrer, por causa de homens que transformaram uma vocação espiritual em uma profissão, por causa homens que amam mais a fama o sucesso e não as pessoas.
Tenho medo do que vejo nas igrejas, encontro marketing e nenhum anuncio do amor de Deus, encontro tradicionalismo e formalismo e nenhum pouco de amor caloroso entre irmãos, encontro mais pessoas que fingem ser estatuas santas em um museu, do que pecadores machucados e sofridos em um hospital no qual todos se ajudam mutuamente. É difícil amar? Porque vemos pouco amor? Ou será que desaprendemos a amar? Isso demonstra que temos que chegar mais perto de Deus pra nos contagiarmos novamente, pra nos aquecermos no calor de seu amor, devemos chegar mais perto porque ele é um pai, e não um velho carrancudo e zangado. Pra vivermos o amor do Pai, temos que primeiro aprender a amar o Pai.

Nenhum comentário: