sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dúvida


Dúvida que me mata por dentro
Nem um alento que me faça sossegar
Penso e repenso, mas não consigo pensar
Pois estou dentro, se estivesse de fora conseguiria enxergar

Quero tomar a decisão certa
Nem sempre o correto é fácil de seguir
Dói, machuca, mas tenho de ir
Não quero que minha escolha seja taxada de esperta

Quero ter alivio
Quero dormir em paz
Quero expressar verdade no convívio
Decisão da qual tenho que ser capaz

No meio de prédios e avenidas
No meio de multidões, caminho sozinho
Sinto-me mais um sem saída
Não consigo ver as flores, só me machuco entre os espinhos

Não estou convencido
Continuo a suspeitar
Ainda que tenha insistido
Meu ser persiste em hesitar

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Detectando nossas lepras espirituais


Limitações, fraquezas fazem parte da vida de cada um, mas muitas pessoas não gostam de expor suas necessidades, suas aréas em que precisam ser tratadas. Creio que podemos comparar essas limitações há uma doença muito temida no tempo de Jesus Cristo, a lepra. É interessante pensar que muitos fariseus seguiam Jesus de maneira que nunca pediam nada ao mestre, não demonstravam ser falhos diante da lei, se achavam pessoas santas. Nas nossas comunidades encontramos muitas pessoas assim, querendo fingir que está tudo bem, que elas são santas e que não têm fraquezas. Porém contemplando as escrituras percebemos que os mais pecadores, os mais sujos ele sim recebiam de Jesus compaixão, não porque Jesus seja a favor de pobres, doentes, de pessoas sujas e de erros, mas porque esses que se chegavam até ele sempre reconheciam suas fraquezas, suas necessidades, suas limitações. É interessante que na maioria das vezes que Jesus se compadecia das pessoas é justamente depois que suas fraquezas são expostas, daí podemos ver pessoas curadas, pessoas transformadas, pessoas perdoadas, pois o mestre veio para aqueles que são pequeninos e reconhecem suas limitações e também querem ser libertas delas.
A mão de Deus é estendida pra nós como ato de graça, como ato de amor, que atua em favor daqueles que buscam exibir suas fraquezas em busca de se libertarem dela. Creio que a maioria dos crentes as vezes até reconhecem seus pecados diante de Deus, mas não reconhecem que são falhos também na busca por ele, na santificação, e isso fica claro, pois muitas pessoas se encontram dentro de igrejas reclamando que não tem recebido bênçãos que tudo tem sido tão difícil mesmo servindo a Deus. Quando não conseguimos enxergar a mão de Deus todos dias em nossas vidas é porque estamos cegos, cegos pelo nosso egoísmo, pelo nosso orgulho, por sermos altruístas. Nossa lepra espiritual, carnal, emocional só serão curadas quando forem expostas como feridas abertas diante de Deus, pois ele é o medico, mas só pode nos medicar quando apontamos os sintomas, os problemas, quando isso acontece ele nos receita um remédio gratuito que ja foi comprado por seu filho Jesus.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Dinamite do amor!


Amor que jamais serei capaz de conhecê-lo totalmente, amor que minha compreensão não é capaz de alcançar, amor que não sou capaz de não senti-lo, negar seu amor é mesmo que dizer que vivo sem respirar. Seu amor está presente ainda que eu esteja sujo, ainda que não seja fiel, seu amor é constrangedor, seu amor me enlaça, me prende, me chama, me amarra. Depois de enlaçado pelo seu amor só sou capaz de reconhecer que infinito é o teu amor.
Antes que viesse a existir seu amor já me alcançará, antes que viesse a cair sua mão ja estava estendida pronto a me levantar, é bom sentir tua presença, é bom sentir os passos do seu caminhar, seu andar é leve, sua presença é suave. Quando estou com o Senhor procuro falar contigo por meio de palavras, mas ao meu coração tu sondas, tu esquadrinhas, nos mais profundos e sujos porões da minha alma la estás a limpar. Me sinto nu em sua presença nada consigo esconder, nada passa aos teus olhos de Pai. Gosto quando me deitas em seu peito e me abraças, nesse momento posso escutar as batidas do seu coração, e só de ouvir seu coração sei que me amas como ninguém nunca jamais vai me amar.
Em Jesus vejo as marcas que traz em seu corpo por amor a mim, seu sofrimento, suas tentações, suas dificuldades, sua ressurreição são apenas as provas de amor que são perceptíveis ao meu olhar humano, mas sei que além do que penso e imagino tu amas imensamente mais.
Quero aprender com esse amor, quero viver só por esse amor, sei não sou capaz de amar sem que o Senhor me toque, por isso te peço, toque em mim todos os dias. A cada dia que se passa sei que esse amor é o que me contagia a perseverar, a lutar e a não desistir de viver, seu amor me ajuda, me renova, me motiva, seu amor é meu combustível que não me faz parar no meio do caminho.
Minhas palavras são efêmeras, mas seu amor é eterno...
Deus tu és a mais linda expressão do amor!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Pai que oferece amor


Olhando pra figura do Pai na passagem do “filho pródigo” nos encontramos com Deus. Na verdade um Pai que ama, um Pai que é cheio de amor, seu amor é tanto que no momento em que seu filho deseja ir embora ele deixa, pois seu amor é tão grande que ele deixa o filho ir embora, mas na expectativa de que um dia ele voltasse pra casa. Como pais espirituais que somo temos muito a aprender com essa passagem, tratamos nossas ovelhas como apenas ouvintes, como números, enfim são inúmeros os adjetivos pra expressar a relação de pastor e ovelha. Mas a que Deus tem ensinar pra nós está bem longe de estrategias de e projetos de crescimento de igreja, esta bem longe de aumento de arrecadação de dízimos, o que Deus tem é muito simples, mas difícil de se encontrar nos pastores de hoje que é o amor.
Pastores que amem, que chorem, que sorriam, que andem com suas ovelhas não apenas guia, mas como pai e filho. O amor de um pai permite que ele caminhe lado a lado com seu filho, ele é pai, mas não por isso se acha melhor ou maior, como pastores devemos aprender isso.
É difícil encontrar lideres cheios de amor, pois os lideres correm o grande perigo que se não tratado como uma doença, ela pode tomar conta, é uma coisinha chamada poder. É uma palavrinha pequena, mas detona uma vida de vocação espiritual, hoje cada líder corre atrás da sua realização profissional e nas igrejas isso vem ocorrendo cada vez mais. Quando olho pra homens usados por Deus, homens que deixaram tudo pra servir a Deus, fico pensando o que os motivou a isso? E olhando pra bíblia vejo que a maior motivação vem do amor de Deus, de um amor paterno que sofre por ver milhares e milhares de pessoas a sofrer a morrer, por causa de homens que transformaram uma vocação espiritual em uma profissão, por causa homens que amam mais a fama o sucesso e não as pessoas.
Tenho medo do que vejo nas igrejas, encontro marketing e nenhum anuncio do amor de Deus, encontro tradicionalismo e formalismo e nenhum pouco de amor caloroso entre irmãos, encontro mais pessoas que fingem ser estatuas santas em um museu, do que pecadores machucados e sofridos em um hospital no qual todos se ajudam mutuamente. É difícil amar? Porque vemos pouco amor? Ou será que desaprendemos a amar? Isso demonstra que temos que chegar mais perto de Deus pra nos contagiarmos novamente, pra nos aquecermos no calor de seu amor, devemos chegar mais perto porque ele é um pai, e não um velho carrancudo e zangado. Pra vivermos o amor do Pai, temos que primeiro aprender a amar o Pai.

domingo, 25 de maio de 2008

Pai que conhece seus filhos


Jesus mais uma vez falando sobre o bom pastor ele diz: "eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas e elas conhecem a mim". É claro que com o Bom Pastor Jesus ninguém se compara, mas é interessante pensar nas características desse bom pastor, será que os pastores de hoje tem essa característica?
As características mais requisitadas hoje são bem diferentes das que a bíblia mostram. Hoje em dia cobra-se liderança carismática, números de crescimento no ministério, pastores com uma versão melhor pra a administração de empresas, as estrategias nas quais ele trabalha são essenciais para o conhecimento das igrejas, as igrejas buscam líderes que se encaixem no seu perfil, hoje existem currículo pastorais.
Se Jesus viesse em nossos dias o que será que ele diria de tudo isso, dessa banalização do ministério. Pastores que buscam os holofotes e fogem da vida de intimidade com os fiéis, buscam riquezas e se afastam dos pobres e oprimidos, ou usam de sua esperteza pra usurpar dos ignorantes menos favorecidos. Ministério pastoral tem uma cara muito deformada do que na verdade Jesus propôs.
Em dias de pós-modernidade onde a individualidade, o pluralismo, o relativismo são explícitos, Jesus chama pastores pra irem na contra mão da cultura, na contra mão do sistema. Deus quer pastores que sejam capazes de sair de seus sofisticados gabinetes pastorais para os lugares mais necessitados de amor, nós somos chamados a sermos pastores paizões, em uma comunidade que demonstra uma carência mais do que nunca precisa-se de pastores que conhecem as suas ovelhas (filhos) e elas o conheçam também, não precisamos de homens que vivem no púlpito de suas teorias pastorais, ou na suas órbitas teológicas.
Homens tocados pelo amor do grande Pai, homens que são capazes de serem pais, homens de capazes de reconhecerem que precisam de seus filhos nessa caminhada, homens que sejam conectados a Deus e ouçam seu coração. Quando se ouve o coração do Pai percebe-se que ele tem saudade de muitos filhos que foram embora de casa, quando ouvimos o coração do Pai cuidamos com muito amor e não com moralismo dos filhos, quando ouvimos o coração do Pai transformamos a sua casa em lugar de aconchego e não em empresas, quando ouvimos o coração do Pai nós praticamos a sua vontade e não a nossa.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pai que dá a vida pelos seus filhos


Hoje em dia de maneira espantosa existem muitos e muitos pastores e líderes, cada um com sua vocação espiritual, cada qual com seu chamado. Na verdade Deus nos chamou pra uma vida, uma vocação espiritual que ele que forjar em nós. Hoje na sua maioria os líderes preferem forjar sua própria maneira de ministério, e na sua maioria um ministério conhecido empresarial. Onde se têm metas, números a serem alcançados o perfil do líder tem mudado de forma radical, enfim a qualidade desses líderes infelizmente tem sido trocada por homens de negócios que dão resultados.
A que somos chamados? Porque temos um ministério? Porque somos chamados de pastores?
Essa perguntas são extremamente relevantes, há um vida entregue pra servir a Deus, uma vida de vocação espiritual. Porque se não sabemos como responde-las, na verdade, não estamos vivendo um chamado ou a uma vocação dada por Deus, mas sim estamos praticando uma vida de negócios ou empenhados em uma vida profissionalismo.
Jesus é sem duvida a melhor figura de um pastor que já existiu para que nos seja modelo, “ eu sou o bom pastor. O bom pastor da a vida pelas ovelhas”, palavras de Jesus pra expressar a que ponto chega um pastor. Não querendo ser aqui um inquisidor, mas já sendo, será que essa é a figura que encontramos em nossas igrejas? Será que nossos líderes são capaz de dar a vida por nós?
Na verdades só os bons pastores como Jesus são capazes dessa proeza de esquecerem de si mesmos a favor de outros, são capazes de se entregarem tanto a ponto de só se importarem como a vida de suas ovelhas. Ovelha pode ser uma palavra que sou meio áspera por se tratar de um animal, então a troque-mos por filho.
Um pai da a vida em favor de um filho, nosso ministério deve refletir uma vida paternal, uma vida de pai e filho, uma vida de amor, de entrega.
As pessoas na realidade nas igrejas hoje tem sido tratadas como números, como produtos de uma grande empresa, pra onde foi a vocação espiritual para qual Deus chamou a cada pastor?
Deus nos chamou a pra sermos pais espirituais, figura muito importante e difícil, pois pra vivermos ela na sua totalidade temos que aprender com o grande Pai, Deus.
Com ele aprendemos que ser pai espiritual é estar pronto a ouvir, a ver os erros de forma clara, mas não julgar e sim a ajudar pra mudanças que trazem melhoras. Como pai temos que abraçar nossos filhos, temos que protege-los, temos que zelar por cada filho, pois diante do pai não ha distinção entre seus filhos. O pai ama seus filhos, se alegra quando eles se alegram, chora quando eles choram, o pai sonha e projeta planos pra vida de seus filhos.